by Miguel Reis, Dir. Criativo, Shift Your Branding Agency
O ano de 2026 aproxima-se com uma mudança clara na forma como as marcas são pensadas, construídas e experienciadas. Mais do que visibilidade ou consistência formal, as marcas verdadeiramente relevantes serão aquelas capazes de criar ligação emocional, cultural e humana com os seus públicos.
“O horizonte de 2026 aponta para uma mutação subtil, mas profunda, no modo como percecionamos e fabricamos marcas. Mais do que visíveis, as marcas verdadeiramente relevantes serão as mais sentidas, vividas e incorporadas nas experiências, culturas e dinâmicas humanas.”
Neste contexto, a Shift identifica seis tendências-chave que ajudam a compreender como o branding está a evoluir e como as marcas podem preparar-se para responder aos desafios do próximo ano.
1 — Ecossistemas sensoriais e emocionais
O foco vai além do logotipo, do website ou da campanha. A presença da marca passa a definir-se pela experiência emocional e pela relação contínua e humana com os públicos. As marcas deixam de ser meros emissores de mensagens e passam a convidar à participação, à escuta ativa e à co-criação.
2 — Estética como atmosfera
A estética deixa de ser apenas visual e transforma-se em atmosfera. Textura, imperfeição e verdade ganham protagonismo. As marcas procuram expressar personalidade através de linguagens mais orgânicas, sobreposições e “falhas” intencionais que reforçam autenticidade e proximidade emocional.
3 — Comunidade, cultura e ativação
A comunidade passa para o centro da equação. As marcas mais influentes medem-se menos pelo alcance e mais pelo envolvimento. A ativação acontece onde existe pertença: canais diretos, grupos fechados, eventos híbridos, fóruns e projetos colaborativos.
4 — Inteligência Artificial como catalisadora
A IA deixa de ser promessa futurista e torna-se infraestrutura invisível. Presente em quase todas as interações, não substitui o humano — potencia-o. O seu valor está em libertar as equipas criativas do ruído mecânico para se concentrarem no significado, na emoção e na autenticidade.
5 — Ousadia sustentável e demonstração do propósito
Mais do que afirmar, é preciso demonstrar. O propósito deixa de ser discurso e passa a ser critério visível na forma como a marca opera e comunica. A coerência entre palavras e ações torna-se o principal fator de respeito e confiança.
6 — Presença emocional ativa
As marcas mais relevantes são inquietas, empáticas e atentas. O branding deixa de ser apenas visibilidade e assume-se como ferramenta de ligação emocional. Escutar com atenção, criar com empatia e devolver com verdade passa a ser o maior valor de marca.
O ano de 2026 pertence às marcas que ousam ser imperfeitas, participativas e conscientes no uso da tecnologia. Marcas que comunicam emoção, cultura e verdade. A autenticidade deixa de ser discurso e passa a ser prática.
Quer perceber como estas tendências podem ser aplicadas à sua marca? Fale connosco.